domingo, 22 de março de 2009

DECLARAÇÃO DOS DIREITO DOS ANIMAIS

Venho aqui hoje, só para dizer que toda forma de vida merece ser sempre respeitada!!!

Respeite nossos direitos para vivermos em paz e harmonia...

Miau

sábado, 14 de março de 2009

A maldade de uns e outros


Esse é o X, ainda não sabemos como vamos chamá-lo, mas ele é o personagem da minha história de hoje.
Essa semana o Marcio foi passear num outro bairro e ao passar por uma avenida viu um cachorro cocker caramelo - esse aí da foto - tentando subir numa calçada desesperado. Ele se arrastava e ninguém na rua parecia se importar com a cena. Então o Marcio resolveu pegar ele - com dificuldade - e o colocou dentro do carro e foi buscar ajuda. Sem dinheiro, passou numa clínica veterinária e pediu ajuda que foi negada pela veterinária Lara, que estava no local. Isso pra gente ver que tem muito veterinário que está fazendo a coisa errada, está no ramo errado e a única coisa que importa para eles é o dinheiro das consultas e não a ajuda. Marcio procurou um amigo, dono de Pet shop e que está há muitos anos no mercado. Ele entrou em contato com uma veterinária amiga dele e ela informou o que deveria ser feito, então o tio Renato e o Marcio se puseram a cuidar do X. Ele foi atropelado, pode ter fugido de casa e como não está acostumado com a crueldade das ruas foi atropelado por um ANIMAL que fugiu. X tenta se recuperar, ele está tosadinho, recebendo medicamentos e alimentação, e na segunda feira vai a uma faculdade fazer um raio X pra ver o que realmente tem. A minha mãe tem sido sua terapeuta e conversa com ele e faz carinho pra ele não se sentir muito só, já que está longe de casa, e dodói. Hoje ele tentou dar os primeiros passos, mas ele não aguenta ficar de pé. Eu não me arrisco a ficar perto dele porque ele já deixou claro que não gosta de gatos... fazer o quê?
Mas o que me deixou irritado nessa história foi a sucessão de má vontade e maldade de certos humanos. O primeiro o atropelou e negou socorro, decerto é daqueles que pensam que bicho é lixo. Depois a veterinária que não se deu ao trabalho de perguntar se precisava de ajuda, se havia alguma possibilidade de pagamento diferente de à vista!!! Por essas pessoas o X teria morrido la na rua, sozinho.
Aqui em Maringá, o que conta é o status, é você ter dinheiro e bom nome, se não for assim você não serve pra nada. Quando a mamãe nos leva ao veterinário todo mundo elogia e nos trata com esmero, quando leva um gato comum, com pelo curtinho, rajadinho etc, eles olham com desdém, como se dissesse "vai gastar dinheiro com isso?". Uma vez quando o Jarbas era vivo, a mamãe já tinha notado isso; ele comia o que tinha de melhor, tinha gravatinhas caras, tudo o que havia de novidade, não importava o preço, ela levava para ele, um dia ela foi levar ele para passear e quando viram que ele era "vira-lata" ficaram chocados e até disseram "nossa a gente pensava que fosse um gato de raça pelas coisas que você leva para ele..."
A maldade se espalha até nos setores onde ela não devia estar - ao menos em teoria. Recolhemos dois cachorros da rua tempos atrás e ligamos para a prefeitura. Os vacinamos, cuidamos e íamos entregá-los sãos e salvos, mas a prefeitura mandou vir a carrocinha assassina. Quando as pessoas chegaram disseram que tinham vindo buscar os cães para sacrificá-los!!! Óbvio que eles não saíram daqui...
Onde está o respeito pela vida nesse mundo? Será que aqui em casa estão todos loucos? Será que eu sou um sonhador porque tenho uma família que me ama e que faz tudo por mim, e tudo o que pode para ajudar os outros? Ou será que na verdade o mundo é que ficou realmente cruel? As pessoas estão dando cada vez menos valor às coisas, à vida, em qualquer forma, chego a pensar que o mundo enlouqueceu em seu universo egoísta...
A história do X é muito triste, mas ao menos ele teve alguém que se importou e que o acolheu e que tem cuidado dele, quantos outros sofrem até a morte nas estradas, nas ruas, ou dentro de suas próprias casas por animais que se julgam seus donos?
Quando isso vai acabar? Quando as pessoas acordarão e descobrirão que estão erradas?
Espero sinceramente que não demore muito.
Enquanto isso, pessoas boas, que ainda acreditam em algo bom trabalham arduamente para que isso não continue acontecendo. Obrigado a essas pessoas que ainda mantém seu coração aberto mesmo quando o mundo todo as julga estúpidas. E parabéns por resistirem bravamente.
Miau

domingo, 8 de março de 2009

A mãe que Deus me deu.



Como hoje é o dia das mulheres, eu resolvi mudar um pouco de assunto e falar delas. Mas óbvio que será uma mulher que gosta de gatos, senão meu blog ia perder o sentido hahahahahaa.

Vou falar da minha mãe, a senhorita Nana.
Desde criança ela queria ter gatos, porque sempre nos achou maravilhosos, mas minha avó, que na época não gostava de bichos, não concordava. Quando minha mãe tinha uns 10 anos ela pegou uma gatinha de uma ninhada de uma amiga sua, mas quando minha chegou do trabalho e viu a pequena Minnie, a levou de volta para a amiga de minha mãe. Depois, só aos 16 anos minha mãe conseguiu achar uma outra gata, que se chamaria Tama, porém, como minha mãe é alérgica, e a Tama estava cheia de pulgas, meu avô, fez minha mãe devolver a gata também.
Para minha mãe isso era o mesmo que enfiar uma faca em seu coração felino.
Aos 17 anos, na escola onde ela estudava apareceu uma gata grávida, e após ouvir as faxineiras dizendo que iam matar os gatinhos e a mãe deles, minha mãe correu para contar para sua professora de biologia que era uma defensora incondicional dos animais. Logo as duas arrumaram um lar para a nova família e minha mãe arquitetou um plano para adotar um dos filhotes. E assim foi. Após o desmame no Jarbas, minha mãe o levou para casa escondido, e o manteve em seu quarto até que um dia minha avó o descobriu. Quis a todo custo colocar o novo membro da família para fora, mas como estava frio, minha mãe chorava feito louca, minha deixou ele ficar até o tempo melhorar. O que a minha não esperava era que o Jarbas se apaixonaria por ela e ela por ele, logo ele ficou dentro de casa até seu último dia. Depois dele, veio a esposa Tama - outra - que a mãe resgatou da rua, e depois os 5 filhotes. Então chegou o dia da mãe vir para Maringá, morar em uma república e ter que deixar seus filhos com a vovó, que nesse tempo já tinha os 6 gatos - Jarbas tinha sido assassinado para tristeza de minha mãe - e duas cachorras. Após alguns meses, minha mãe foi para casa visitar a família, mas mal pode respirar, sua alergia tinha voltado. Mesmo assim ela não desgrudava dos filhos. Durante a greve da Universidade, minha mãe ficou na casa da vovó, que já tinha adotado mais dois gatos. Maria Eugênia, uma das novas habitantes da casa, teve uma filha, Benedita, mas a abandonou no dia do nascimento. Minha mãe e minha , alternavam-se para cuidar dela, amamentá-la, aquecê-la enfim, tudo para que hoje ela estivesse linda e forte como está.
Um belo dia, já cansada de só poder cuidar dos gatos da rua, que eram muitos, e que ela amava, mas que não ficavam perto dela pra ouvir estórias etc, ela resolveu procurar pets onde havia doações. E foi lá que ela me achou, dentro de uma gaiola minúscula. Me levou para casa - uma república onde animais eram proibidos - dentro de uma sacola, me trancou no quarto e saiu. Quando voltou trazia comida e areia. ela não tinha móveis, então fez um ninho para mim, que era ainda muito pequeno, em seus colchões que ficavam no chão. Havia o gato Joaquim, que era da rua, mas em dias de chuva ia para a casa da minha mãe, entrava pela janela e ficava com a gente. No começo ele se mostrou ciumento, mas depois me aceitou como um filho. Eu era o rei do quarto, minha mãe me carregava para cima e para baixo, me levava pras aulas dela, para a mercearia, para tomar sol, para ver a rua. Sempre no colo dela, e assim cresci. Minha mãe se mudou e eu virei o rei da Kit net. Depois o rei do apartamento onde ela foi morar com o tio Fer e um amigo. Então a mãe teve que trabalhar e eu entrei em depressão; ela me levava ao veterinário, ao parque, mas não adiantava, eu queria que ela estivesse perto, como sempre tinha sido. Ela então resolveu resgatar a Pandora dos maus tratos de uns seres vizinhos. E foi assim - e com remédios - que me recuperei. Já não era possível levar a gente pra passear, tinha que ser um de cada vez, mas a gente já era grande e gordo. Toda vez a mãe nos examinava, cuidava, comprava boas comidas, levava ao veterinário, passeava e nos dava brinquedos; não negava nossas vontades, brincava com a gente e nos abraçava e dançava com a gente como se fôssemos de pelúcia. Pandora não gosta muito de colo, mas eu...
Quando nos mudamos a mamãe achou uma veterinária mais legal, e ela virou nossa amiga. A mamãe tá sempre procurando coisas que melhorem nossa vida, nossos dias, nos mantenha saudáveis e felizes.
Mesmo depois que meus filhos nasceram, minha mãe tinha que cuidar deles comigo, pois como vocês sabem a Pandora não gostou muito da idéia. Quando a Pandora adoeceu, a mãe faltava na escola pra cuidar dela, como outras vezes fez para cuidar de mim.
Passados mais de seis anos, estamos em casa, Pandora, Jorge e eu - e lá fora moram o Isaac e o Yogi - e a mamãe não mudou nada. Tudo é pela gente, um brinquedo novo, uma comida boa, água fresca, leite, e óbvio continua não negando nada pra gente. Eu e o Jorge, por exemplo, gostamos de tomar iogurte na colher com a mamãe, ela deixa, ás vezes ela fica brava e põe iogurte no nossa prato, mas a gente olha com cara de " ei, tá pensando que somos animais?" e ela fala " meu Deus, como vocês são folgatos" e nos dá. Acaba ficando sem nada, mas nos dá. E de noite, não se importa se eu tomo o travesseiro dela, ou se ponho as patas em sua cara, ou se o Jorge deita nas suas pernas, mesmo que esteja um calor daqueles. Quando chega diz "oi família, a mãe ama vocês" e nos beija e abraça. Faz carinho, brinca de bola, de correr e de esconder com a gente. Não dorme se acha que estamos meio estranhos, acorda quando miamos diferente, acorda se vomitamos e vem cuidar da gente, mesmo tendo que levantar cedo no dia seguinte. Nada importa mais para ela do que a gente...
Então, por nos fazer felizes, por cuidar de nossas vidas, por cuidar dos bichinhos que aparecem aqui, e mesmo por nos dar banho contra a nossa vontade - mas em segredo, que ajuda muito a aliviar esse calor horrendo - eu dedico esse dia a ela. E depois a outras mulheres que como ela, amam seus gatos - e bichinhos em geral - e fazem de tudo para que eles vivam bem e felizes. Feliz dia das mulheres mamãe, vovó, Cecy Passos, tia Débora, tia Mery, tia Silvia, tia Angélica, tia Tanda, Raquel, Luisa Mell...
Para todas vocês, o meu Super Miau!!!